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A História dos Dildos: 28.000 Anos de Satisfação e Intrigantes Descobertas
A história dos dildos é muito mais longa e fascinante do que muitos poderiam imaginar. Esses objetos, que hoje conhecemos como brinquedos sexuais, acompanham a humanidade há pelo menos 28.000 anos, com descobertas arqueológicas que revelam sua presença em diferentes culturas e épocas. Desde as cavernas da pré-história até o Império Romano, os dildos sempre desempenharam um papel nas práticas sexuais e rituais de diversas sociedades.
As Origens Pré-históricas: O Dildo Mais Antigo do MundoA descoberta do que se acredita ser o dildo mais antigo do mundo aconteceu em 2005, quando arqueólogos da Universidade de Tübingen, na Alemanha, encontraram um artefato com aproximadamente 28.000 anos na caverna de Hohle Fels, perto de Ulm. O objeto, feito de pedra-siltosa, tem cerca de 20 centímetros de comprimento e é marcado por anéis entalhados, que representam de forma simbólica os órgãos genitais masculinos. Segundo os pesquisadores, o polimento em uma das extremidades do objeto sugere que ele foi utilizado repetidamente.
Embora essa seja a descoberta mais antiga até o momento, ela não é a única. Em escavações pela Europa e Ásia, outros objetos semelhantes, com idades entre 40.000 e 10.000 a.C., foram encontrados, apontando para uma história duradoura de práticas sexuais que envolviam o uso de objetos fálicos. Entre esses, destacam-se um modelo de 4.000 a 6.000 anos, encontrado em Motala, na Suécia, e outro de mesma datação descoberto no Paquistão.
O Império Romano e Seus Brinquedos FálicosSe a descoberta de um dildo de 2.000 anos na antiga fortaleza romana de Vindolanda, em Northumberland, Inglaterra, surpreendeu o mundo, ela também serviu como mais uma evidência de que os antigos romanos tinham uma relação próxima com símbolos fálicos. O objeto de madeira, que originalmente foi classificado como uma ferramenta de costura, acabou sendo reinterpretado como um dildo devido à sua forma e ao desgaste notável na extremidade, sugerindo seu uso frequente.
Os romanos, famosos por sua visão liberal sobre o sexo, usavam frequentemente símbolos fálicos em diversos aspectos da vida cotidiana, desde amuletos de proteção até elementos decorativos em suas casas e templos. No entanto, ao contrário de outras descobertas fálicas na Roma antiga, este é o primeiro exemplo conhecido de um dildo romano real, abrindo mais uma janela para a compreensão de suas práticas sexuais.
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A Influência na Cultura e na Literatura
Além dos achados arqueológicos, os dildos também aparecem na literatura antiga. O dramaturgo grego Aristófanes, em sua peça Lysistrata (411 a.C.), menciona o uso de dildos de couro durante a greve sexual imposta pelas mulheres para acabar com a Guerra do Peloponeso. Nessa comédia, as mulheres utilizavam dildos para satisfazer suas necessidades enquanto recusavam sexo aos homens, em um protesto contra a guerra.Além disso, há uma referência potencialmente intrigante nos textos bíblicos. No Livro de Ezequiel (16:17), Deus repreende o povo de Jerusalém por usar ouro e prata para criar "imagens fálicas" e fornicar com elas. Embora essa passagem possa ser lida de forma metafórica, alguns estudiosos sugerem que ela pode ser uma referência literal ao uso de dildos na antiga Judéia.
O Papel dos Dildos nas Culturas AntigasEmbora muitos dos dildos encontrados ao longo da história possam ter sido utilizados para o prazer sexual, é importante lembrar que, em algumas culturas, esses objetos também desempenhavam papéis ritualísticos e simbólicos. No caso dos romanos, por exemplo, o falo era um símbolo poderoso de fertilidade e proteção. Em alguns casos, os dildos também foram usados como instrumentos de punição ou humilhação, especialmente em contextos de tortura.
Conclusão: A Longa Jornada dos DildosOs dildos, longe de serem uma invenção moderna, têm acompanhado a humanidade ao longo de milênios. Seja como objetos de prazer, símbolos de poder ou ferramentas ritualísticas, eles desempenharam papéis importantes em diferentes sociedades. Hoje, os dildos continuam a ser um símbolo da liberdade sexual e da exploração do prazer, ao mesmo tempo que nos conectam com as práticas sexuais dos nossos ancestrais.
Fontes:- The Kinsey Institute: Artigo sobre a sexualidade romana e achados arqueológicos. Acessado em Kinsey Institute
- Oxford Academic: Discussão sobre a história dos dildos e seu uso em culturas antigas. Acessado em Oxford Academic
11/10/2024